O que pensam os diretores sobre seus comitês?
- Mundi Press

- 9 de jun. de 2019
- 3 min de leitura
Atualizado: 13 de set. de 2019
Por Laura Roberta
O MOCS há muito está presente na vida de alunos e não alunos do Centro Federal de Educação Tecnológica. E desde 2011 vêm causando impacto naqueles que participam da simulação, tanto por suas temáticas reais quanto pela abordagem delicada e pertinente dos assuntos. Nós do Mundi resolvemos, então, passar pelos comitês para perguntar às cabeças por trás de cada um deles - os diretores - algo bem simples: o que eles acham do tema escolhido para discussão.

O primeiro entrevistado foi Felipe Alves Clarindo, diretor da OMC, que disse que o tema abordado pelo comitê - inclusão de pequenas empresas e startups no sistema de comércio mundial - é de extrema importância para o contexto global. Felipe diz que as atuações das startups e das pequenas empresas nos países é muito expressiva. Ele cita um exemplo do México, onde grande parte dos empregos distribuídos no país vêm das pequenas empresas. O diretor mostrou-se indignado com falas de que as menores empresas não exerceriam importância no sistema de comércio tal como as multinacionais. Deixa, por fim, a discussão de como as nações em conjunto podem promover uma melhor interação de diversas startups, sendo elas grandes ou pequenas, em um sistema polarizado.
Diretor Felipe Alves Clarindo, OMC.
Fotografia por Vitor Fróis

Depois, a entrevista com o diretor da UNICEF, Miguel Penido de Carvalho, revelou uma preocupação com as crianças que estavam em sistema de adoção. O diretor diz que o assunto tratado no comitê - sistemas de adoção e desumanização na infância - é de comoção geral, especialmente na comunidade LGBT, onde o tema é bastante debatido entre pessoas que gostariam de formar uma família. Penido fala, ainda, sobre problemas recorrentes nos sistemas, onde existem maus tratos às crianças que foram adotadas e crianças que estão para adoção.
Diretor Miguel Penido de Carvalho, UNICEF.
Fotografia por Vitor Fróis

Ao entrarmos no III CMP - Lutas antimanicomiais: A humanização do tratamento nas clínicas psiquiátricas - , a diretora Brenda Larissa Rezende se disponibilizou para a entrevista. Quando perguntada sobre como se sentia em relação ao comitê, Brenda disse ter orgulho dele, visto que trata de assuntos que definiram os direitos dos pacientes em hospitais psiquiátricos e que atuam até os dias de hoje, reforçando a importância da discussão trabalhada no comitê.
Diretora Brenda Larissa Rezende, III CMP.
Fotografia por Vitor Fróis

A diretora Ana Carolina Rocha mostrou o interesse que tem no comitê sendo justificado pelo interesse que tem em fazer medicina. Dirigindo o CNS, Ana disse que já havia participado de outros comitês e que o MOCS a ajudou no processo de construção de senso crítico. E esse comitê em especial, sobre Violência obstétrica no Brasil, está sendo“incrível” para ela. A diretora disse já ter uma noção prévia sobre o que era a violência obstétrica e acrescentou que ao construir guias e papéis de pesquisas para o comitê, alguns dos conhecimentos que tinha foram se desconstruindo e se remodelando, de maneira a revelar para ela que haviam coisas que achava conhecer que não eram, porém, tão simples quanto pareciam.
Diretora Ana Carolina Rocha, CNS.
Fotografia por Vitor Fróis

No IGAD+, onde o assunto é o compromisso de paz no Sudão do Sul (ambientado em 2015) o que primeiro vem a cabeça da diretora Iarin Araújo quando pensa em seu comitê é “direitos humanos”, que segundo a diretora, estão em falta no Sudão do Sul. Ela comenta sobre as guerras que acontecem e diz que muitos deles nem sabem porque estão brigando, e esse foi apenas o jeitos que eles aprenderam a viver. A diretora comentou sobre a dissimulação por parte de outras nações com esses países em guerra. Segundo ela, alguns escolhem simplesmente fechar os olhos para os conflitos que dizimam populações pelo fato de que, em situação de guerra, alguns bens primários, como petróleo, ficam mais baratos.
Diretora Iarin Araújo, IGAD+
Fotografia por Vitor Fróis

Quando entrevistada sobre o seu comitê, a diretora da SoCHum, Mariana Abreu, concordou ao dizer que quando se fala sobre a influência da pornografia na perpetuação da violência contra mulheres e LGBTs, tratamos de assuntos delicados e difíceis de ser trabalhados, visto que não são facilmente resolvidos, segundo ela, em lugar nenhum do mundo. A discussão envolve, principalmente, questões morais e pessoais e, por isso, é tão importante de ser colocada em pauta.
Diretora Marina Abreu, SoCHum.
Fotografia por Vitor Fróis



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