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CIDH discute o ensino religioso nas instituições de aprendizado

Discussões acerca desse tema tiveram dois polos: abertura de países confessionais para o ensino das diversas religiões e implantação ou não da docência nos países laicos

        Neste sábado, 28 de Outubro, foi realizado a reunião da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) para discutir a intolerância religiosa na América Latina. Até a metade da segunda sessão, houve dois focos de discussões: a intolerância dos países confessionais com religiões que não são as suas oficiais e a garantia de respeito mútuo entre as crenças nos países laicos. Embora tenham tido diversas discussões e tensões entre delegações, estas não conseguiram chegar em nenhuma solução concreta para os problemas apresentados.

        Durante a parte da manhã, muito foi discutido sobre a conduta dos países confessionais, que mantêm ligação entre religião e o Estado. Haiti e Honduras foram os países que defenderam essa postura, assunto que gerou quase todas as discussões desta sessão. As diversas delegações, especialmente a Guatemala e a Humans Right Watch, condenaram essa prática, alegando que a junção do Estado à religião provoca a exclusão de outras crenças dentro de seu território. Os países confessionais se mostraram pouco dispostos a mudar essa conduta. A delegação de Honduras se declarou propensa a alterar a estrutura de seus sábados letivos obrigatórios nas escolas, que antes pregava apenas o ensino católico, para um sábado letivo não obrigatório, que pregaria todas as religiões.

        Na segunda sessão, foi muito discutida a não obrigatoriedade do ensino religioso nos países laicos, pauta abordada no documento de trabalho elaborado pelas delegações presentes. As delegações que contradizem essa medida argumentam que sem o ensino religioso nas escolas, os jovens podem acabar desenvolvendo preconceito e intolerância contra as diversas crenças que não conhecem. Até então, nenhuma proposta de intervenção foi realmente sancionada.

        O que foi visto até o momento dentro deste comitê foram longas discussões acerca de temas específicos, porém com poucos resultados práticos a serem implantados dentro dos territórios das nações. Muitos delegados presentes não se manifestaram e nem todos concordaram com o pouco que foi proposto.

Delegado de Honduras confronta a delegada da Guatemala, defendendo a posição de seu estado com as religiões.

Por Guilherme Henrique e Ingrid Siuves

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