Por Thiago Vinícius

          O MOCS é uma simulação com diversos comitês, tendo o foco principal nas discussões que ocorrem pela resolução diplomática de um problema. Entretanto, outros comitês, que não recebem seu devido valor, como o Mundi Press e a Logística são de imensa importância para a realização do evento como um todo. Muitos delegados não se importam com o trabalho realizado por eles, e, muitas vezes, acabam desrespeitando-os como se fossem meros empregados ou insignificantes.

 

       Vamos desconstruir. A logística é um dos comitês mais importantes (se não for o mais) para que as simulações aconteçam. E, diferentemente do que alguns pensam, eles trabalham sim, e muito, para que tudo ocorra como o planejado - para que os senhores bonitões possam comer, beber água sem ter que correr metade do corredor atrás de um bebedouro, ser credenciados, e fazer tudo que fazem no MOCS. Se tirarmos esse pedaço da organização, é certo que nem mesmo seus queridos spotteds seriam publicados.

 

           Deixando funções e tarefas de lado, somos todos seres humanos e merecemos respeito. Ninguém está aqui para servir a sua água, ou limpar o chão que você pisa. Cada um pode fazer a sua parte e parar de exigir coisas para o pessoal da Logística. Senso. Todos os anos, vemos casos absurdos de desrespeito, como alguém pedindo para secar o chão ou balançando a plaquinha porque quer água.

 

       É pensando em conscientizar a galera e promover a cumplicidade entre TODOS os participantes do MOCS, que trouxemos o lado da Logística. Preparamos uma série de perguntas e a maravilhosa Emanuele nos contou um pouco mais sobre sua experiência na organização.

 

           Manu, que atualmente cursa o primeiro ano de Hospedagem no CEFET-MG, entrou na Logística para poder observar os debates sem precisar participar ativamente, além de adorar participar da organização. Ela nos contou sobre o trabalho duro que acontece por trás dos holofotes, a correria que é para organizar tudo a tempo, e como esse trabalho é crucial para o bom curso de tudo. Também nos afirmou que, sem a Logística, seria “impossível realizar qualquer coisa”, como havíamos dito anteriormente.

 

        Outros entrevistados, assim como Emanuele, concordam que a autonomia da organização é a melhor parte do processo, como eles podem ser independentes na resolução de problemas e flexíveis nas funções. Todos eles também nos disseram ter passado por situações de humilhação, sendo espectadores ou as próprias vítimas, e como ficam tristes e revoltados quando são inferiorizados.

 

         Para prevenir que tais situações aconteçam, a diretora da Logística, Alessandra, passa em cada comitê, nas sessões iniciais e tenta conscientizar os delegados sobre como tratar o pessoal, mas nem sempre funciona. Esse ano, tivemos duas ocorrências, as quais tiveram punições severas. O problema é que a humilhação ocasionada e a lembrança dos acontecimentos ficam. Por isso, imploramos a todos que tenham um pouco mais de respeito e que valorizem aqueles que também fazem parte.